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Meia Laranja Inteira

Halfway there...

Meia Laranja Inteira

Halfway there...

Uma historinha em 10 pedaços...

Delego toda e qualquer responsabilidade deste post na Mónica do asteróide... O desafio veio dela e acho que quem o lançou foi mesmo a Ki!
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Como é que eu vou juntar os 10 últimos títulos da minha salgalhada de posts num texto com nexo???? Bem, vamos lá a ver o que sai... mas não me responsabilizo...
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Esperem, ainda estou a pensar...
Ok, vou começar agora!
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Sentei-me no sítio do costume, na mesa de sempre, em frente à janela ... Acabei o café e pensei como seria bom banhar-me com uns raiozinhos de sol de Inverno na minha face corada de frio... Se ao menos a esplanada estivesse montada no Centro Histórico, poderia perder-me em devaneios no conforto ameno da calmaria do fim de tarde... Mas...'Caca! Chove outra vez!', pensei... 'Quando é que este tempo muda?'
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Decidi deixar-me ficar mais um pouco, até que a chuva abrandasse, e dei por mim a pensar na vida... Tenho 30 anos! Já!?! Já tenho trinta anos! Mas não os sinto! Não os reconheço nas miúdas que vou sendo, nas várias situações por que a vida me obriga a passar... Na realidade, umas vezes parece que tenho 16, outras, como que por magia, parece-me que tenho 60...
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Mas... Sabe bem... Sabe bem levar a vida assim... a vivê-la a sério, como que a brincar com ela... Sabe bem poder ser eu, respirar liberdade, e ter a consciência tranquila...
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Saio para a rua e o ar frio refresca-me por fora e por dentro... Tenho vontade de acender um cigarro e é isso mesmo que faço... sempre com aquele pensamento de momento às voltas na cabeça - 'Um dia deixo de fumar...' Este pensamento dissipa-se no primeiro travo que me traz de volta o calor.
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Lembro-me que tenho um propósito para hoje. É suposto mudar a minha vida! Completamente. Experimentar uma vida em África, na Ásia ou Austrália... em qualquer sítio suficientemente longe daqui. Para que possa expandir-me, para que me possa libertar efectivamente. Lembro-me ...
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Lembro-me de ti. De correr para ti com ânsia de te encontrar, de fugir de ti com vontade de te esquecer... E penso... Lá estou eu a disparatar outra vez...
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Volto para o trabalho... Acabou a hora de almoço. E reparo. Recebi flores! Há um embrulho com rosas na minha mesa. E sim, há também um cartão... Pego nele e leio-o com raiva. Porquê agora? Poderia dizer 'Benvinda ao fabuloso mundo dos encores!' mas não diz. Não vai haver mais encores, não vai. Prometi a mim mesma. Desta vez, o caminho é em frente.
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Volto a pensar na África, na Ásia, na Austrália... e de novo tu! Com raiva.

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